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sábado, fevereiro 25, 2012

Rascunho - Michel Melamed


"O amor é qualquer coisa que qualquer um escreva, enfim. E esse é o perigo. E ainda bem. E ainda mal."
http://michelmelamed.wordpress.com/2011/01/16/rascunho/

Vida viva, viva à vida!


Hoje eu queria sumir! Não, eu não estou puta com o mundo, e também não quero sumir da galáxia ou deixar de existir. Quero apenas ir para bem longe, está melhor?
"Fugir pra outro lugar em uma outra direção", como uma vez cantou CPM22.
Eu quero paz, silêncio. O luar, estrelas e o mar. Eu quero ondas gritando, e o vento sussurrando a eterna felicidade daquele momento singular. Eu quero voz e violão, quero a alegria de uma canção. Quero poder falar, quero saber ouvir. Quero cantar a beleza da vida, e me emocionar com o que nela há. Quero lágrimas, quero sorrisos, quero todos os sentimentos juntos.
Quero esvaziar-me do meu eu e dar lugar ao mundo, dar lugar aos "coitados", dar lugar aos "mudos", dar lugar aos injustiçados. Quero ouvir histórias antigas, de quem um dia aproveitou a vida. Quero saber como é o mundo lá fora. Quero ouvir como é viver a própria natureza.
Quero andar na terra nua e crua com os pés descalços, correr na chuva sem medo do molhado, gritar sem ser repreendida, mergulhar nua e sentir a liberdade exalando pelo meu corpo.
A vida não é triste. Triste é o que fazemos com ela.
Agora, após envolver-me em sonhos fantasiados de prováveis realidades, voltarei ao meu mundo turbulento, repleto de gente surda, que ouve apenas mierda; gente cega, que vê apenas o que lhe convém; e gente muda, que cala quando deve falar e fala quando deve calar. Vou viver o que eu posso nesse momento, só não deixarei de viver, porque viver é o que importa. Se não fosse vida, seria morte, e em morte nada podemos fazer, logo, viva. E assim eu sigo, buscando a felicidade na vida, pois dela devemos aproveitar o máximo (e o "dela" pode se referir à felicidade e à vida, caro leitor). Não me bastam sorrisos, eu quero é tratar de ser feliz de verdade!

sábado, fevereiro 18, 2012

Let it be: Paulo, contador de histórias.

Let it be: Paulo, contador de histórias.: Fui ao Centro hoje a tarde com minha mãe, a fim de comprar meu material escolar e acabei por ter um dia incrível. Apesar dos quarenta graus ...

Menos uma ligação


Eu esperei a sua ligação essa noite, mas ela não chegou. Talvez você tenha tentado ligar e caiu na caixa postal, ou discou o número errado, ou sua bateria deve ter acabado... Ou você achou que não era para ligar mesmo. Eu fiquei acordada a madrugada toda, contando os minutos que mais pareciam horas. A sua foto no meu papel de parede, o seu número pronto para chamar, as mensagens não enviadas. Era para você me ligar. Por quê você não ligou? Íamos conversar, nos entender, nos amar. Eu sei, isso estava longe de acontecer, mas por quê não ligou? Eu fiquei esperando, mas a ligação não chegou. Nem que fosse só para ouvir a sua voz, desejar-te uma boa noite e dizer que eu te amo... Por quê eu não te liguei?

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Sem conteúdo e graça


Eu estava acostumada à essa monotonia que a vida me pusera. Estava acostumada a deitar no sofá, olhar à janela um maravilhoso dia, repousar a cabeça e apenas sonhar. Acostumei-me a não mais me importar com dias vazios, sem conteúdo ou graça. Mas uma figura solta foi se aprochegando, chegando, chegando... até que tornou-se parte de mim. Agora, após acostumar-me com dias ocupados, vai me esvaziando aos poucos. Maldita ilusão de que tudo será para sempre. Para sempre lindo, para sempre belo, para sempre constante. Não quero ouvir mais, quero ver! Porque as palavras de hoje não são como as de ontem. Porque tens dito, e não falado nada. Porque eu quero fechar os olhos e andar segura, sem medo de me enganar...
Então eu voltei à essa vida monótona, sem conteúdo e graça.

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Desejos e rótulos


Eu fingia que dormia; pegaste-me em teus aconchegantes braços; ajeitou-me naquele lugarzinho pequeno; moldou-se junto à mim, coladinho, quente, seguro. Fez-se uma parte minha, mas uma parte que se fosse minha de verdade, não seria tão perfeita. Acariciava-me, demonstrando afeto, por várias vezes, continuamente. A carícia demonstrava cuidado, no entanto eu sentia o toque aprofundado de um sublime desejo. Desejo tal, que vinha transpassando por meus cabelos enrolados, dando-lhes nós feitos e desfeitos a cada movimento. Suas mãos leves e suaves subiam e desciam por meu corpo tão vulnerável. Vulnerável? Eu sentia, eu pensava, eu gostava. Eu estava ali, inteiramente sua, para você. Até que com um beijo bem pertinho do ouvido, docemente arrepiante, eu decidi abrir os olhos e sentir aquilo de perto. E com as mesmas intenções segurei a sua mão, conduzia-na por meu corpo, para que sentisse além do que pudera sentir. A paixão queimava dentro de nossos corpos, como o fogo que consome a lenha, lentamente. Fiz com que aquilo fosse único. Fez com que fosse especial. Nos entregamos à um amor puro, e livre de qualquer opinião contrária. Era amor. Era paixão. Era desejo. Era qualquer coisa! Não importam-me os rótulos. O que importa é o que vivi naquele momento. E o que vivi, só eu sei.

Eu desisti de muita coisa. Se foi bom ou não, eu não sei, mas amanhã eu saberei, e te conto.

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Esteja comigo, apenas.



Basta desprender-me dos teus braços para sentir a más energias que o mundo transmite. A maldade já parece ser real, ela é real. O mundo tenta engolir-me, tragar-me e aflorar todos os meus medos, trazendo à tona as minhas realidades incertas. Pareceu um sonho, algo surreal. Viver assim tão feliz contigo traz-me esperanças de um novo amanhã, um novo sorriso, uma nova história. Não estou tão mal. Talvez, como a esponja, eu tenha somente absorvido toda a negatividade que paira no ar. Agora, lembrando-me que ainda te tenho comigo, posso até sorrir, mas você ainda não está aqui.

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Elephant Gun (Beirut) - Capitu e Bento


_Dai-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu...

Inconsolável amor...


Importar-me demais é ser idiota demais? Já me disseram que tudo em excesso faz mal. E o amor? Eu até tentei recolher a insignificância dos meus pensamentos e dos meus incômodos, mas eles é que têm poder sobre mim. Importo-me demais; amo demais; sofro demais. E o excesso me faz mal. Ou não. Eu já nem sei mais...