Twitter

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Desejos e rótulos


Eu fingia que dormia; pegaste-me em teus aconchegantes braços; ajeitou-me naquele lugarzinho pequeno; moldou-se junto à mim, coladinho, quente, seguro. Fez-se uma parte minha, mas uma parte que se fosse minha de verdade, não seria tão perfeita. Acariciava-me, demonstrando afeto, por várias vezes, continuamente. A carícia demonstrava cuidado, no entanto eu sentia o toque aprofundado de um sublime desejo. Desejo tal, que vinha transpassando por meus cabelos enrolados, dando-lhes nós feitos e desfeitos a cada movimento. Suas mãos leves e suaves subiam e desciam por meu corpo tão vulnerável. Vulnerável? Eu sentia, eu pensava, eu gostava. Eu estava ali, inteiramente sua, para você. Até que com um beijo bem pertinho do ouvido, docemente arrepiante, eu decidi abrir os olhos e sentir aquilo de perto. E com as mesmas intenções segurei a sua mão, conduzia-na por meu corpo, para que sentisse além do que pudera sentir. A paixão queimava dentro de nossos corpos, como o fogo que consome a lenha, lentamente. Fiz com que aquilo fosse único. Fez com que fosse especial. Nos entregamos à um amor puro, e livre de qualquer opinião contrária. Era amor. Era paixão. Era desejo. Era qualquer coisa! Não importam-me os rótulos. O que importa é o que vivi naquele momento. E o que vivi, só eu sei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário