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terça-feira, maio 29, 2012

O mar convida a dançar

Noite. Noite calma. Noite calma de amores serenos. Noite calma para a gente se amar. Brilho prateado cintila no mar. Nós dois, amantes, sorrisos completos. Beija-me. Beijo-te. Ama-me. Amo-te. Odeie-me. Amo-te ainda mais! Ainda sinto a noite tocar seus olhos, ouço os ruídos do seu coração. Uma orquestra talvez? Talvez. És capaz de harmonizar o que já é belo por natureza-raiz, de forma com que seu corpo esteja parcialmente no balanço da canção: canção do mar, canção da noite, canção do amar. Embriaguei-me do perfume da água salgada que trouxeste à beira daquela cais. Impregnou nos meus seios, nas vestes que me sobravam, nos meus lábios mornos e sedentos de ti. Noite calma, serena e deserta. Noite dos amantes. Noite do cais. O reencontro.
Abaixo do fogo que exalava dos nossos corpos, estava o mar. O mar contemplou e testemunhou a fusão dos elementos. Eu era fogo consumidor, você água que inunda, possui. Possuiu-me. A essência de cada um permaneceu intacta, até selar a dança da natureza. Fiz de satisfeita, apesar de saber o desfecho: noites inquietas depois de um "Vai-te embora. Adeus! Que as águas te tragam novamente, da mesma forma que levou, a ensaiar a canção enamorada da orquestra do nosso amor." E mais uma vez o mar te levou, e te trouxe e te levou novamente. E, insaciavelmente, espero-te. Aguardo-te. Um novo dia raiará, então a noite se porá e depois dessa sequencia inúmeras vezes repetida incansavelmente, poderei me afogar em teu corpo carregado da canção, da nossa canção.

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