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sábado, junho 18, 2016

E o que restou de mim senão Saudades suas?

Com medo de ferir seu espírito e te afastar de mim, eu sequei meu rosto, sorri e disse: já já vai ficar tudo bem, eu te prometo, meu amor! (Me disseram que eu precisava encontrar paz, pra te deixar em paz.)

Agora eu acredito em vida após a morte, reencontro, missão. Talvez seja apenas o desejo de te ter por perto, não sei bem. Pois veja, que cruel é pensar que um corpo cheio de vida, com calor, fala, movimentos, ideias, projetos,… de repente é um saco pesado de nada. Um amontoado de carne, que vai putrificar com o tempo até deixar de existir. E você? E aquele que tanto amei, troquei ideias sobre os “porquês” da vida? Pra dar um sentido a tudo isso resolvi acreditar. Afinal, cê foi ou não foi um anjo em vida? Maravilhoso demais pra não ter motivos a sua existência.

Mais uma escorre pelo rosto, insistente essa. Imagino você me olhando de algum lugar que ainda não consigo definir se é perto ou longe, cima ou baixo.

“Flor, não chora. Eu continuo aqui!”

A vida agora é essa, imaginar as suas falas pra reconfortar o coração assustado, com medo e dor.

Se você tá aqui, aparece pra mim!! Eu juro, meu medo do ‘sobrenatural’ não existe mais. Tenho agora um desejo forte de que os espíritos existam, e possam nos visitar. (No próximo aniversário já sei meu desejo ao soprar as velinhas!!)

Dizem por aí que algumas pessoas têm mais ou menos sensibilidade pra ver, sentir e falar com pessoas do além. Não vou brincar com o copo nem compasso, mesmo se funcionasse você iria ficar quieto rindo da minha cara, só! Talvez eu deixe a porta aberta (figurativa), faça uma oração pra Deus e um papo aberto contigo te liberando pra aparecer qualquer dia aí pra mim, pra nós olharmos, ou qualquer coisa assim.

Um mês da sua ausência física.
Só o tempo, disseram…
Dias, semanas, um mês.
A dor aumenta, com saudade, sem remédio, sem dó. O tempo passa, com pressa, sem espera, sem dó.

E não há nada que possamos fazer…

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